O Alerta de Nicolelis: O Boom da IA é o Maior Delírio Coletivo da História

terça-feira, 25 de novembro de 2025

O Alerta de Nicolelis: O Boom da IA é o Maior Delírio Coletivo da História


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No cenário atual, onde a Inteligência Artificial (IA) domina manchetes e conversas, a voz de Miguel Nicolelis, renomado neurocientista brasileiro, surge como um contraponto veemente e provocador. Em uma declaração que reverbera profundamente, Nicolelis classifica o “boom” da IA como o “maior delírio coletivo da história da humanidade”, desafiando a percepção popular e a euforia do mercado em torno dessa tecnologia.

Para Nicolelis, a IA, em sua essência, é uma ferramenta sofisticada, mas desprovida de atributos que definem a inteligência humana. Ele argumenta que as máquinas não possuem consciência, subjetividade, emoções ou a capacidade de "saber" o que estão fazendo. Elas operam com base em algoritmos e processamento estatístico de dados, sem qualquer substrato biológico que lhes permita experienciar o mundo ou ter intencionalidade. A chamada "inteligência" artificial seria, na verdade, uma "ilusão cognitiva" projetada por nossa própria mente, ao atribuir características humanas a um sistema meramente computacional.

A principal distinção apontada por Nicolelis reside na natureza do cérebro humano versus a arquitetura das máquinas. Enquanto o cérebro é um sistema biológico "estocástico", complexo, caótico e capaz de aprender e se adaptar de maneiras imprevisíveis, os algoritmos de IA são "determinísticos", operando dentro de parâmetros predefinidos. Essa diferença fundamental impede, segundo o neurocientista, que as máquinas repliquem a verdadeira cognição, criatividade e capacidade de discernimento que caracterizam a inteligência biológica.

O neurocientista vai além, sugerindo que o fervor em torno da IA é impulsionado mais por interesses econômicos e militares do que por um avanço científico genuíno em inteligência. Wall Street, grandes corporações e setores de defesa estariam alimentando esse "delírio" para justificar investimentos bilionários e manter uma narrativa de progresso tecnológico ininterrupto. Essa "reificação da tecnologia", ou seja, a atribuição de qualidades humanas a objetos inanimados, distrai a atenção de problemas sociais e ambientais urgentes, direcionando recursos e debates para uma área que, em sua visão, é superestimada.

Ao chamar a atenção para essa perspectiva crítica, Miguel Nicolelis nos convida a uma reflexão mais profunda e cética sobre o papel e as capacidades da Inteligência Artificial. Sua análise, embora controversa, serve como um alerta para que não nos deixemos levar pela retórica do "boom" tecnológico sem questionar suas verdadeiras implicações e limitações, e sem esquecer a complexidade inigualável da mente humana.

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